sexta-feira, 17 de julho de 2009

TOP 5 DO MODERNISMO

Tá achando bonitas as rimas de seu rap? Tá achando bacana os stancils que você aplica pela rua? Tá achando uma boa escrever como se fala na internet? Agradeça aos modernistas.

Tão importantes como o próprio movimento, os personagens da Semana de Arte moderna conseguem ser tão intregantes como sua própria obra. Podemos definir o Modernismo Brasileiro como um movimento literário e artístico que integrou várias tendências já existentes, baseados na valorização da realidade nacional e na exaltação do pensamento moderno.Vamos agora falar de cinco nomes aos quais que você deve agradecer por ter a liberdade de escrever "vc", "pq" e tb".

Mário de Andrade

* 1893 São Paulo (SP)
+ 1945 São Paulo (SP)

Mário Raul de Morais Andrade, o chamado "papa do Modernismo", nasceu em São Paulo, à rua Aurora, em 9 de outubro de 1893. Na capital paulista, após o grupo escolar e o ginásio, matricula-se na Escola de Comércio Álvares Penteado, abandonando o curso após uma briga com seu professor de Português. No ano seguinte, 1911, matricula-se no Conservatório Musical de São Paulo, formando-se em piano. Jovem ainda, inicia suas críticas de arte escrevendo para jornais e revistas.
A partir de 1917, ano em que trava amizade com Oswald de Andrade, publica seu primeiro livro e "descobre" Anita Malfatti, transformando-se numa das mais importantes figuras de nossa vida cultural. Foi diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo e professor de História da Música no Conservatório Dramático de São Paulo. Lecionou História e Filosofia da Arte na Universidade do Distrito Federal (RJ). Voltando a São Paulo, trabalhou no Serviço de Patrimônio Histórico. Morreu em São Paulo, em sua casa da rua Lopes Chaves, a 25 de fevereiro de 1945.
O volume de estréia de Mário de Andrade, Há uma gota de sangue em cada poema, publicado em 1917, retrata a Primeira Guerra Mundial e mostra-nos o autosr ainda influenciado pelas escolas literárias anteriores à Semana, com poesias que obedecem a normas de estética como a metrificação e a rima, de nítida influência parnasiana – O professor João Batista lembra que ao visitar a exposição de Anita Malfati em 1917, Mário de Andrade ficou tão maravilhado com suas pinturas modernas, revolucionárias, inovadoras, que lhe dedicou um... soneto parnasiano!


Oswald de Andrade

* 1890 São Paulo (SP)
+ 1954 São Paulo (SP)

José Oswald de Sousa Andrade cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, bacharelando-se em 1919. Desde o retorno de sua primeira viagem à Europa, em 1912, trazendo as idéias do Futurismo, Oswald de Andrade transformou-se em figura fundamental dos principais acontecimentos da vida cultural brasileira 2 na primeira metade do século XX.
Homem polêmico, irônico, gozador, teve uma vida atribulada, não só no que diz respeito às artes como também à política e aos sentimentos: foi o idealizador dos principais manifestos modernistas; militante político, teve profundas amizades e inimizades, rumorosos casos de amor e vários casamentos (com destaque para dois: com Tarsila do Amaral e com Patrícia Galvão, a Pagu).

Anita Malfatti

* 1896 São Paulo (SP)
+ 1964 São Paulo (SP)

Anita Malfatti estudou na Alemanha e nos Estados Unidos. Regressou ao Brasil imbuída do espírito modernismo europeu e efetuou uma exposição em 1917, que despertou intensa polêmica e levou Monteiro Lobato a escrever "Paranóia ou Mistificação?", em que criticava com veemência a obra da artista. Foi uma das responsáveis pela Semana de Arte Moderna.
Expôs em Paris, Berlim, Nova York e outras grandes cidades do exterior. Importante retrospectiva em 1963 (VII Bienal de São Paulo).
O Homem Amarelo, A Estudante Russa, A Boba se incluem entre suas telas mais conhecidas. Segundo João Batista, sua importância é hoje mais histórica do que artística.


Tarsila do Amaral

* 1887 - Capivari (SP)
+ 1973 - São Paulo (SP)

Pintora brasileira. Estudou pintura com Pedro Alexandrino em 1917, e mais tarde com Elpons. Em 1920 mudou-se para Paris, passando a estudar com Émile Renard. Sofreu influência de Léger, André Lhote e Albert Gleizes, que a levou ao cubismo, trazido para o Brasil em 1924.
Por ocasião da visita de Blaise Cendrars ao Brasil, deu início à escola chamada Pau-Brasil, quando a artista retornou à tradição e simplicidade, influenciada pela beleza poética e ingênua das decorações populares das casas de Ouro Preto, São José del Rei, Tiradentes, Mariana e outras cidades mineiras. A seguir, aderiu à escola antropofágica de Oswald de Andrade, sendo “O Abopuru” seu principal quadro característico deste período (esse quadro abriu um novo momento na arte da pintura brasileira. É um quadro diferente, mesmo para ela. Seu nome Abaporu vem de "o Antropófago" na língua tupi-guarani).

Emiliano Di Cavalcanti

* 1897 Rio de Janeiro (RJ)
+ 1976 Rio de Janeiro (RJ)

“Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem vamos encontrá-lo estudando na Faculdade de Direito”, diz o professor João Batista. Em 1917 transferindo-se para São Paulo ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti freqüenta o atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, cria para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Freqüenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdan e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.

Gostou? Divulgue! Link para este post.

Nenhum comentário:

Postar um comentário