sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"That's what she said...."

Procurando o treiler para a paródia Pornô de The Office? Olha ele aí....

Trata-se de uma versão erótica da comédia The Office, que começou na Inglaterra, fez sucesso nos Estados Unidos e agora, ao que parece, chega a Sodoma e Gomorra.
Aviso: o vídeo contém cenas de sexo explícito.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Apogeu de John Lennon

Este ensaio foi escrito pelo meu melhor amigo e comparsa da época de faculdade (e padrinho do meu casamento), Gibran Rocha e é um dos textos mais interessantes que eu conheço. Eu guardo e agora compartilho com vocês.
Kant achava que o medo da dor superava o desejo de prazer. Lacan, embasado em Sade (o prazer rapidamente acaba, enquanto a dor e o sofrimento podem durar quase que indefinidamente), tirou disso que a dor, como único sentimento a priori, é melhor para proporcionar prazer sexual do que qualquer outra coisa. A visão de Kant da alma imortal que busca eternamente a perfeição ética seria o exato oposto da visão do corpo imortal, como capaz de suportar eternamente a dor e a humilhação.
O que isso tudo tem a ver com música?
Conhecidos mundialmente por um discurso utópico de alegria e amor, os Beatles tiveram seu ápice criativo em 1968, ano em que lançaram o “Álbum Branco”. Entre brigas, desentendimentos e desilusões, John Lennon mostra que não precisa dos aparatos psicodélicos de Sargent Pepper Lonely Hearts Club Band e Magical Mistery Tour para demonstrar sua sofisticação. Foi nessa época que começou o relacionamento de Lennon com Yoko Ono e seu conseqüente afastamento dos outros integrantes da banda. Essa época marca também a desilusão com o guru indiano Maharishi, que prometeu-lhes o céu, mas só queria o dinheiro dos quatro.
John Lennon é quem desequilibra o disco. É o ápice de suas composições, seja em delicadas baladas como Dear Prudence e Julia (“Half of what I say it’s meaningless/ But i say it just to reach you Julia), na desilusão com a religião e o guru Maharishi (“Sexy Sadie, what have you done?/ You made a fool of everyone” - Sexy Sadie), no fim da amizade com Paul McCartney (“I told you about the walrus and me/ You know that we we’re close as can be/ But here’s another clue for you all/ The walrus was Paul” - Glass Onion), nos problemas de uma corte imaginária (“Cry baby cry / Let your mother sigh / She’s old enough to know better” - Cry Baby Cry) ou seja em puras manifestações de neurose e depressão, como em “Im so tired” (“ I’d give you everything I got for a little piece of mind”) e em “Happiness is a warm gun” (“I need a fix cause I’m going down”). E tem a paranóica Revolution # 9, provavelmente a primeira faixa esquizofrênica-experimental da história do rock.
É na dor e no sofrimento que Lennon alcança seu auge. O prazer que o Álbum Branco causa em quem o ouve é proporcional à descarga de sofrimento nele inserida.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

PRA CIMA DELAS RRRRRRRRROBINHO!!!

Robinho é acusado de estuprar uma periguete inglesa e de matar treino no Manchester city pra vir fazer churrasco no Brasil.
Como diria Paulo Maluff: "Robinho, estupra mas não mata!"
"agora fudeu de vez!"
Pergunta: um cara que ganha 500 mil dólares por semana precisa estuprar alguém? Será uma armação ou pura perversão sádica do nosso garoto??

Como disse um amigo meu: "Boate não é igreja....."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pérolas do Cinema (#3)

The Wrestler (2009-Darren Aronofsk)


Como já disse várias vezes Rubens Edwald Filho, o Galvão Bueno das transmissões cinematográficas, Mickey Rourke é um figuraça. Mickey, como muitos sabem, abandonou o cinema depois de algumas atuações interessantes como em “Coração Satânico” para se dedicar ao Boxe profissional. Depois de muitos anos, umas tantas lutas, muitos ossos, dentes quebrados e um rosto arruinado, o ator decidiu voltar às telas. O primeiro desafio foi um tanto simples, no super-cult “Sin City”, Rourke interpretou o brutamontes Marv, que parecia ser o papel perfeito pra ele. Até agora.

The Wrestler, conta a História de Randy "The Ram" Robinson, um lutador que teve seu auge na década de oitenta e agora sustenta uma patética e fracassada vida como lutador das divisões de “várzea” da federação americana de luta-livre, morando em um trailer e vivendo entre inferninhos e lutas em ginásios fedorentos. Interessante notar como, em diversos momentos, a câmera segue o protagonista sempre pelas costas, como se sua luta não se restringisse apenas aos ringues.

O ponto de virada de Randy acontece quando ele sofre um ataque cardíaco durante um violentíssimo combate no “ringue da morte” e é proibido de fazer qualquer exercício pesado pelos médicos. É quando o protagonista tenta acertar sua vida restabelecendo laços com sua filha, arrumar um emprego “formal” e acertar a vida amorosa com a stripper Pam, interpretada com muita sensibilidade e competência por uma (aos 44 anos) sensualíssima Marisa Tomei.

Parece mais um cinemão americano né? Mas não, The Wrestler é um filme diferente e bastante reflexivo sobre o real significado do sucesso e do fracasso.

Mickey Rourke está realmente muito bem, mostrando que apesar deste ser um papel perfeito pra ele, vai além de um filme onde o ator interpreta a si mesmo (como cansou de resmungar Edwald Filho na transmissão do Globo de Ouro) e mereceu as indicações de melhor ator no Oscar, Actors Gild e o prêmio no Globo de Ouro. É interessante ver o grandalhão fragilizado, abandonado na velhice com seus óculos de grau e aparelho de surdez. O filme, dirigido por Darren Aronofsky também ganhou o Leão de Veneza e é na minha opinião uma produção memorável. Uma espécie de anti-Rocky, que fala que o sonho americano nem sempre é recheado de glórias e redenções.

O treiler é esse aqui

Cena de destaque: A conversa de Randy com o garoto da vizinhança, que enquanto jogam um jogo de luta livre (estrelado pelo próprio The Ram) no Nintendo 8 bits, discutem sobre o jogo "Call of Duty - Modern Warfare".

Cena para esquecer: O provavelmente acidental merchã da Igreja Universal do Reino de Deus na cena do lado de fora da loja de roupas. (pode ser visto também aos 00:57 do treiler oficial)

Cotação PPP: No fim do filme, o recém-nascido saiu berrando enlouquecido: “RAM JAM! RAM JAM! RAM JAM!”

Ainda Beatles

No auge do sucesso, entre 65 e 67, os Beatles tiveram uma série em animação pela rede americana ABC. Vai aqui um dos melhores episódios, Penny lane:

domingo, 25 de janeiro de 2009

Álbuns Clássicos (#3)

Revolver - The Beatles (1966)



"Revolver é o disco em que, por consenso geral, os Beatles mostram o pico de sua criatividade, combinando material musical forte e econômico mas incisivo liricamente, com corajosas experimentações de estúdio" - Mark Lewisohn.


Estava pensando em um álbum dos Beatles para comentar aqui. Não queria algo óbvio como Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band de 1967, considerado o álbum mais importante de todos os tempos. Desta vez vamos mais a fundo resgatando o que apontou aquelas mudanças maravilhosas que estavam por vir. Vamos falar da primeira trombeta. Vamos falar de Revolver, um disco que, muito além de se tornar apenas mais um estrondoso sucesso comercial do Fab Four, se tornou influência universal e atemporal.
Revolver foi lançado em 5 de agosto de 1966 no Reino Unido Foi Produzido Por George Martin, Considerado o Quinto Beatle e que produziu todo o trabalho do conjunto. A estranha capa onde fotos dos Beatles aparecem recortadas e recontruidas em uma lógica destorcida tem a assinatura de um velho amigo da Alemanha, Klaus Woorman.
O novo álbum a princípio seria chamado de "Abracadabra". "Beatles On Safari" e "Magic Circles" também estavam sendo cogitados até então. Ao contrário da primeirsa impressão, o nome "Revolver" não tem nada a ver com a arma de fogo, vem da idéia de que todo disco revolve (gira) sobre um eixo no prato de uma vitrola.
Nos primeiros anos de carreira, os Beatles trabalharam dentro das regras existentes, se arriscando muito pouco em técnicas inovadoras de gravação (Um exemplo de inovaçãoé o ruído de distorção no Início de I Feel Fine, em 64) mas eram ávidos aprendizes das técnicas de gravação e produção. Até então estavam satisfeitos em compor durante as viagens e a gravar entre shows, aos poucos, se cansariam dessa rotina desgastando e começariam a diminuir as turnês. Em 12 de agosto, os Beatles fariam seu último show ao vivo, no Candlestick Park de Chicago.
Outro a ganhar crédito pelo álbum foi o recém promovido auxiliar de George Martin , um rapaz de 20 anos com um ouvido extremamente afinado, chamado Geoff Emerick. A diretoria da EMI e George Martin apostaram que um rapaz tão verde, tão inexperiente, não teria técnicas já preconcebidas e, assim sendo, não criaria maiores resistências em confrontá-las com outras. De fato, Emerick, cheio de idéias próprias, logo começou experimentando microfonar (no jargão, a técnica de posicionamento dos microfones no estúdio para melhor captar o som) instrumentos como a bateria e o baixo de forma diferente da tradicional. Como os Beatles também eram muito abertos para experiências, ele quase sempre teve carta branca para tentar algo novo.

Simultaneamente ao lançamento de Revolver, o single Eleanor Rigby / Yellow Submarine foi lançado e as duas músicas (que estão no disco) chegaram ao 1° lugar.
Quando apresentava a canção Eleanor Rigby a George Martin, Paul McCartney falava em ter cordas como em Yesterday, mas procurando não copiar a fórmula utilizada naquela canção. Na sessão, foram utilizados quatro violinos, duas violas e dois cellos.
O nome Eleanor Rigby nada tem a ver com a lápide do cemitério de Woolton com o mesmo nome, a não ser que seja em um nível subconsciente. Paul gostava do nome Eleanor, e o sobrenome tirou da loja de departamentos “Rigby”.
Yellow submarine a indiscutivelmente mais conhecida surgiu de uma sessão nada ortodoxa e uma das mais divertidas na memória da maioria daqueles que participaram. Acabou sendo o primeiro nº 1 de Ringo Starr. Contou com a presença de Brian Jones dos Rolling Stones e Marianne Faithfull, namorada de Mick Jagger.
A primeira canção do disco Taxman, é uma composição de George Harrison (a primeira vez que ele encabeçava um álbum e emplacava três composições suas) enfocando o problema dos artistas britânicos com o imposto de renda (em cada 20 shillings arrecadados pelo artista 19 iam para o governo britânico). Nesta época vários artistas ingleses gravavam fora do Reino Unido para escapar do Fisco.
Sobre I'm Only Sleeping , o solo de guitarra com som ao contrário existente na canção foi feito da maneira mais complexa possível. Todo concebido e realizado por George Harrison, ele, em seis horas, conseguiu montar todo o solo que se quer ouvir no final, de trás para frente. Assim, quando gravado e ouvido ao contrário, você tem as notas desejadas do solo na seqüência correta, mantendo o som de uma gravação ao contrário.
Embora não seja a estréia de uma cítara em disco dos Beatles, Love You To, outra canção de George Harrison, é sua primeira composição feita especificamente com o instrumento em mente. Já um aluno sério e dedicado ao instrumento, George arriscou ao colocar um instrumento indiano à tona na cultura pop.
Uma das músicas mais bonitas de Paul, Here There And Everywhere (curiosidade: Existe uma obscura gravação de Gal Costa desta música) é também uma das prediletas de Paul, e ele diz ter feito "uma imitação de Marianne Faithfull e Beach Boys". De fato, a base de construção da letra se parece com God Only Knows do Quinteto Californiano.
She Said, She Said nasceu de uma frase de Peter Fonda, "I know what it's like to be dead" (eu sei como é estar morto) dita a George Harrison em uma festa em Los Angeles.
Em I Want To Tell You, sua letra comenta sobre o disparate entre a velocidade do pensamento em relação à lentidão da fala ou escrita, analisando a dificuldade que se tem para concatenar idéias em frases concretas.
Paul diz que Good Day Sunshine era uma homenagem a Daydream do Lovin' Spoonful. Pelo menos tinha o mesmo estilo. Quando à histérica And Your Bird Can Sing, existe um registro de gravação muito especial que está no Anthology 2 (Coleção de CDs reunindo raridades de estúdio) em que os Beatles estariam supostamente chapados. John Lennon e Paul disparam a rir e realmente é impossível ficar sem rir também.
For No One foi composta em março daquele ano, quando Paul estava de férias na Suíça. Apenas Paul e Ringo estiveram presentes na gravação; Paul tocou baixo, piano e cravo e Ringo percussão. Alan Civil tocou a trompa. Paul escreveu uma nota de trompa acima do limite do instrumento, convencido de que Civil a alcançaria. Conseguiu.
Se formos verificar, perceberemos que Ticket To Ride , do álbum Help!, é a primeira canção dos Beatles com duração acima dos três minutos, audácia repetida no álbum Rubber Soul com You Won't See Me. Agora, em Revolver, temos duas canções quebrando este tabu, Love You To, de George e Tomorrow Never Knows, de John.
Mais do que qualquer outro disco, Revolver tem em sua temática, referências girando em torno de entorpecentes, mormente LSD. Por exemplo, Dr. Robert é sobre o médico americano Dr. Robert Freymann, que tinha um consultório em Manhattan, no Upper East Side, na rua 78, praticamente ao lado da residência de Jacqueline Onassis. Ela, como muitos outros ricos, vez por outra passava lá para tomar uma injeção de vitaminas. A injeção continha B12 e anfetaminas, que não eram proibidos então. Logo, muitos da elite artística se tornariam clientes.
Got To Get You Into My Life é Paul falando de sua paixão por maconha. A notável quantidade de instrumentos de sopro provém da eterna admiração dos Beatles pelo som da gravadora Motown.
Mas a canção que quebrou o gelo entre os artistas e a equipe técnica foi Tomorrow Never Knows, que foi justamente a primeira gravada no álbum. A canção nasceu como um rock de uma nota só, toda em Dó, resultante da admiração de Lennon pela música indiana, que normalmente não contém modulações. George Martin, ao ouvi-la no violão, não conseguiu entender muito bem a proposta. Ao mesmo tempo, já aprendera a confiar que sua dupla de compositores saberia o que fazer e como transformar a idéia crua que ele acabara de ouvir em uma composição viável.
Começaram então a gravar a base rítmica. A bateria de Ringo, que tem um som distinto de tudo que ele havia feito antes (soa moderno até hoje), soou daquele modo graças à mente aberta de todos para experiências.
O álbum Revolver tomou um sentido novo. Como a capa já prenuncia, Os Beatles revolveram a música pop remontando suas peças como um quebra-cabeça psicodélico apontando novos rumos e novas possibilidades.


Revolver no programa Agenda


Tomorrow Never Knows

Tracklist:
BEATLES REVOLVER 1966

1. Taxman (Harrison)
2. Eleanor Rigby (Lennon/McCartney)
3. I'm Only Sleeping (Lennon/McCartney)
4. Love You To (Harrison)
5. Here, There and Everywhere (Lennon/McCartney)
6. Yellow Submarine (Lennon/McCartney)
7. She Said, She Said (Lennon/McCartney)
8. Good Day Sunshine (Lennon/McCartney)
9. And Your Bird Can Sing (Lennon/McCartney)
10. For No One (Lennon/McCartney)
11. Doctor Robert (Lennon/McCartney)
12. I Want to Tell You (Harrison)
13. Got to Get You Into My Life (Lennon/McCartney)
14. Tomorrow Never Knows (Lennon/McCartney)

The Beatles
Paul McCartney - Baixo, guitarra, efeitos sonoros, vocais
John Lennon - Guitarra, orgão, marimba, efeitos sonoros, pandeiros, vocais
George Harrison - Guitarra, baixo, sitar, efeitos sonoros, pandeiros, vocais
Ringo Starr - Bateria, pandeiros, vocais

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

GENTE ANTENADA É OUTRA COISA

Glória Perez é mesmo uma mulher incrível. Não pelo seu talento narrativo, sua perícia em amarrar tramas nem sua habilidade de ignorar as viagens aéreas e simplesmente teleportar seus personagens de cá pra lá. O que me chama a atenção na escritora é seu faro para o sucesso. Glória consegue pegar um assunto mundano, misturar com um cenário fantástico, enfiar uma campanha de tele-cidadania e fazer muito, mas muito dinheiro.

Ela mesma já contou em entrevista que não gosta de escrever personagens comuns, acha muito chato, é uma das únicas novelistas que dispensam a ajuda de colaboradores, escreve o que quer, como quer e o sempre dá certo.

Falo que a Glória Perez tem um faro para o sucesso e uma intuição que vai além da lógica. Vamos confirmar isto vendo suas últimas novelas. A autora já tinha feito o Brasil inteiro viajar com a indigesta mistura de ciganos e uma recém-nascida Internet em Explode Coração de 1995. Em 2001, quando lançou a rocambolesca “O Clone” a novela tinha um núcleo que vivia no Marrocos. Até aí tudo bem. Acontece que no mesmo ano (1 mês antes da estréia da novela)acontecem os atentados ao World Trade Center, colocando os muçulmanos em evidência e trazendo uma massa de novos telespectadores curiosos para a novela. Até o Khaled veio pro Brasil tirar uma casquinha.

Em 2005, a surreal "América" se passava nos Estados Unidos/Barretos e tinha entre seus personagens um Cowboy Gay. No mesmo ano, advinha? Brokeback Mountain arrebata uma indicação para o Oscar de melhor filme, colocando cowboys e gays na pauta. Ponto pra Glória.

Agora a autora vem coma idéia de passas sua próxima história na Índia. E justamente nesse ano, Slumdog Millionaire (já revisado nesse blog), um filme-homenagem a Bollywood, está cotadíssimo para vencer o Oscar colocando a Índia nas paradas de sucesso....
Resultado Geral: Glória, Gloria nas alturas!

Nosso leitor Soulglass, que também é muito antenado, delicadamente fez uma correção em nosso texto. Obrigado amigo.

Sairam os indicados ao Oscar.



Sei que todo mundo vai fazer isso, mas como não poderia deixar de meter o meu nariz nas decisões da academia, vamos falar de alguns deles

Heathe Leager como ator coadjuvante, Slumdog Millionaire, Benjamin Button em diversas categorias, e tudo pronto para o casal Pitt/Jolie levarem o prêmio mais familiar da noite, (melhor ator e atriz). Se não aparecer um Sean Penn e uma Kate Winslet no caminho. Mickey Rourke correndo por fora.

Wall-e vai ganhar fácil o de animação.

Batman Dark Knight foi indicado em 8 categorias, mas enfrenta adversários fortes e se tudo correr como o esperado deve vender o de ator coadjuvante.

O Homem de Ferro foi indicado para melhores efeitos especiais (junto com Batman e Benjamin). Mais uma pro vovô-garoto Benji.

Minha aposta: Slumdog vai ser o grande premiado (filme, direção), com o Button logo atrás graças aos prêmios técnicos. Maquiagem, efeitos, cenografia, figurino etc...

Segue a lista completa dos indicados ao Oscar 2009

Melhor filme
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
Milk
O Leitor
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire )

Melhor atriz
Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Melissa Leo (Frozen River)
Meryl Streep (Dúvida)
Kate Winslet (O Leitor)

Melhor ator
Richard Jenkis (The Vistor)
Frank Langella (Frost/Nixon)
Sean Penn (Milk)
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Mickey Rourke (The Wrestler)

Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams (Dúvida)
Penelope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
Viola Davis (Dúvida)
Taraji P. Henson (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Marisa Tomei (The Wrestler)

Melhor ator coadjuvante
Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Philip Seymour Hoffman (Dúvida)
Heath Ledger (Batman - O Cavaleiro das Trevas)
Josh Brolin (Milk)
Michael Shannon (Foi Apenas um Sonho)

Melhor diretor
Danny Boyle (Quem Quer Ser um Milionário? - Slumdog Millionaire)
Stephen Daldry (O Leitor)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost/Nixon)
Gus Van Sant (Milk)

Melhor roteiro original
Frozen River
Simplesmente Feliz
Na Mira do Chefe
Milk
Wall-E

Melhor roteiro adaptado
O Curioso Caso de Benjamin Button
Dúvida
Frost/Nixon
O Leitor
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire )

Melhor trilha sonora original
Alexandre Desplat (O Curioso Caso de Benjamin Button)
James Newton Howard (Defiance)
A. R. Rahman (Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire ))
Danny Elfman (Milk)
Thomas Newman (Wall-E)

Melhor canção original
Down to Earth (Wall-E)
Jai Ho (Quem Quer Ser um Milionário? - Slumdog Millionaire)
O Saya (Quem Quer Ser um Milionário? - Slumdog Millionaire)

Melhor filme estrangeiro
Der Baader Meinhof Komplex, de Uli Edel (Alemanha)
Waltz With Bashir, de Ari Folman (Israel)
The Class, Laurent Cantet (França)
Departures, Yojiro Takita (Japão)
Revanche, de Gotz Spielmann (Áustria)

Melhor animação
Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall-E

Melhor curta de animação
La Maison en Petits Cubes, de Kunio Kato
Lavatory - Lovestory, de Konstantin Bronzit
Oktapodi, de Emud Mokhberi e Thierry Marchand
Presto, de Doug Sweetland
This Way Up, de Alan Smith e Adam Foulkes

Melhor documentário
The Betrayal (Nerakhoon), de Ellen Kuras e Thavisouk Phrasavath
Encounters at the End of the World, de Werner Herzog e Henry Kaiser
The Garden, de Scott Hamilton Kennedy
Man on Wire, de James Marsh e Simon Chinn
Trouble the Water de Tia Lessin e Carl Deal

Melhor documentário em curta-metragem
The Conscience of Nhem En
The Final Inch
Smile Pinki
The Witness - From the Balcony of Room 306

Melhor curta-metragem
Auf der Strecke (On the Line)
Manon on the Asphalt
New Boy
The Pig
Spielzeugland (Toyland)

Melhor direção de arte
A Troca
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
A Duquesa
Foi Apenas um Sonho

Melhor fotografia
A Troca (Tom Stern)
O Curioso Caso de Benjamin Button (Claudio Miranda)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (Wally Pfister)
O Leitor (Chris Menges and Roger Deakins)
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire ) (Anthony Dod Mantle)

Melhor edição
O Curioso Caso de Benjamin Button (Kirk Baxter e Angus Wall)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (Lee Smith)
Frost/Nixon (Mike Hill and e Hanley)
Milk (Elliot Graham)
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire ) (Chris Dickens)

Melhor mixagem de som
O Curioso Caso de Benjamin Button (David Parker, Michael Semanick, Ren Klyce e Mark Weingarten)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (Lora Hirschberg, Gary Rizzo e Ed Novick)
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire ) (Ian Tapp, Richard Pryke e Resul Pookutty)
Wall-E (Tom Myers, Michael Semanick e Ben Burtt)
O Procurado (Chris Jenkins, Frank A. Montaño e Petr Forejt)

Melhor edição de som
Batman - O Cavaleiro das Trevas (Richard King)
Homem de Ferro (Frank Eulner e Christopher Boyes)
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire ) (Tom Sayers)
Wall-E (Ben Burtt e Matthew Wood)
O Procurado (Wylie Stateman)

Melhores efeitos especiais
O Curioso Caso de Benjamin Button (Eric Barba, Steve Preeg, Burt Dalton e Craig Barron)
Batman - O Cavaleiro das Trevas, (Nick Davis, Chris Corbould, Tim Webber e Paul Franklin)
Homem de Ferro (John Nelson, Ben Snow, Dan Sudick e Shane Mahan)

Melhor maquiagem
O Curioso Caso de Benjamin Button (Greg Cannom)
Batman - O Cavaleiro das Trevas, (John Caglione, Jr. e Conor O'Sullivan)
Hellboy II (Mike Elizalde e Thom Floutz)

Melhor figurino
Austrália (Catherine Martin)
O Curioso Caso de Benjamin Button (Jacqueline West)
A Duquesa (Michael O'Connor)
Milk (Danny Glicker)
Foi Apenas um Sonho (Albert Wolsky)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pérolas do Cinema (#2)

SLUMDOG MILLIONAIRE (2008 - Danny Boyle)
Atenção: este texto pode conter spoilers.

Confesso que quando fui assistir o vencedor do Golden Globe deste ano “Slumdog Millionaire” achei que era uma comédia, ou no mínimo um filme bem leve. Toda essa história do garoto pobre vencendo na vida que a gente já viu diversas vezes em hollywood me diziam isso.

Porém, para a minha surpresa, Slumdog não tem nada do Underdog que o sonho americano adora acariciar. O filme é pesado, e muito.

A história se passa na Índia onde o ex-menino de rua Jamal Malik (Dev Patel) um chai-wallah (garoto que serve chá) causa reboliço ao chegar nas finais do mais famoso programa do tipo quiz do mundo o “Who wants to be a millionaire” (versão indiana). Com o dinheiro, o rapaz planeja fugir com sua namorada de infância, Latika (Freida Pinto), agora casada com um perigoso gângster de Mumbai.

Bonito, mas o sonho para por aí. Desde o início somos jogados numa cruel, injusta, tenebrosa, criminosa, intolerante e impressionantemente conformada sociedade indiana.

O resultado que se tem é um “Cidade de Deus” from hell, onde uma Índia desmitificada, superurbanizada, maltrapilha, multidemográfica, e sem esperanças é mostrada sem meias palavras. É dedo no olho mesmo, ou melhor dizendo, ácido.

Toda a magia que você pode ver na novela das oito é despida sem dó, transformando o filme em uma caracterização bizarra das condições daquele país que, assim como o Brasil, é festejado pelo mundo como uma economia emergente.

Exageros, talvez alguém diga, mas assim como em “CdD” prefiro acreditar que a realidade consegue ser mais ainda mais perturbadora que a ficção.

Fora isso é um filme moderno, com edição criativa e boas atuações que faz o tempo todo referências e reverências ao grande sucesso das prolíficas produções de Bollywood, coisa que pode ser observado claramente na cena final, um número musical no estilo “Rivaldo sai desse lago”.

O treiler é esse aqui

Cena de destaque: A visita do famoso ator de Bollywood na favela onde Jamal e seu Irmão Salim moravam.

Cena pra esquecer: A maneira como Jamal consegue um autógrafo desse mesmo ator.

Cotação PPP: Um bom filme, mas deixou o recém-nascido sem vontade de conhecer o Caminho das Índias.

Álbuns Clássicos (#2)

The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars - David Bowie (1972)


Alguns o consideram o disco mais influente do rock dos anos 70. De fato, não foi pouco o que David Bowie conseguiu com este The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars. O quarto disco do inglês, que antes era conhecido como David Jones (por azar, o mesmo nome de um dos integrantes da famosa armação pop americana The Monkees), tirou o sobrenome artístico da marca de uma faca com a qual se cortou uma vez.

Bowie foi ziguezagueando pelos anos 60 do Blues para o Rock, do Rock para o pop, até encontrar um estilo e inventar um alterego único que o lançou ao estrelato. "Um dia David Bowie botou um vestido, pintou a cara e caiu na vida" diz Arthur Dapieve e Luiz Romanholli, em seu livro "Guia de Rock em CD". A figura andrógena do cantor e o visual extravagante purpurinado e os temas fantásticos das canções ganharam a simpatia da mídia e da crítica. Era o Glam Rock que nascia na Inglaterra e ganhava adeptos, se espalhando rapidamente e influenciando muitos dos artistas que viriam a seguir, como o Queen, New York Dolls até o Kiss e os brasileiros dos Secos e Molhados. A androgenia mais tarde seria levada as últimas conseqûencias quando, no Texas, um homem apontou uma arma para a cabeça de David e o chamou de "viado". Bowie se defendeu dizendo que era um vestido masculino. Detalhe, David Bowie tem de nascença um olho verde e outro azul, o que o ajudou a compor seu visual alienígena.

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars acabou transformando-o na grande sensação do rock daquele ano de 1972, com uma mistura de talento, inventividade e um bocado de senso de oportunidade. Bowie, que vinha de discos sem muita repercussão - The Man Who Sold The World (aquela música que na verdade não é do Nirvana) e Hunky Dory -, acertou ao se aproveitar da onda do glam rock capitaneada por Marc Bolan e seu T-Rex. A isso, David juntou uma boa dose de fantasia e teatro, criando uma espécie de álbum conceitual, futurista, sobre um astro de rock extraterreno e bissexual e sua saga - ascenção e queda - em nosso planeta. Tudo bem a ver com aquele imaginário da Inglaterra na época, de filmes de Stanley Kubrick como 2001 - Uma Odisséia no Espaço e Laranja Mecânica.

Bowie pintou os cabelos de vermelho e passou a vestir seu corpo branco e magro com roupas femininas. E para reforçar a exótica imagem, ainda disse em entrevistas que era gay. Assim, começavam a confundir-se o músico e o personagem, Ziggy Stardust, um prótotipo da superestrela do rock. O disco apareceu na época como uma espécie ópera-rock, com base musical de primeira - da banda Spiders From Mars, liderada pelo excelente guitarrista (e pianista) Mick Ronson - e letras surrealistas, que bateram entre a juventude como mensagens a serem decifradas.

O álbum começa com a sombria “Five Years”, que anuncia: o mundo terá apenas mais cinco anos antes do fim. Um pianão dos bons e a interpretação dramática de Bowie ajudam a compor o clima de caos que toma conta das pessoas diante do desespero. “Um tira se ajoelhou e beijou o pé de um padre / e uma bicha vomitou ao ver aquilo". Mais à frente, o rock começa a comer, em “Moonage Daydream”, com Bowie provocando: “Mantenha seu olho elétrico em mim, querida. Ponha seu disparador de raios na minha cabeça”.

Ziggy Stardust acabou rendendo alguns dos maiores sucessos da carreira do astro, como a balada especial “Starman” - que na versão dos gaúchos Nenhum de Nós, o “Astronauta de Mármore”, foi um hit no Brasil em 1989, época em que Bowie veio com a turnê de Sound + Vision (e teve que escutar muita gente cantando a música em português). “Há um homem-estrela espertando no céu / ele gostaria de vir nos encontrar / mas ele acha que piraria nossas cabeças”, canta o inglês, no delirante original.

Um clássico do disco é a faixa-título "Ziggy Stardust", tema da personagem, com letra que é repleta de imagens alucinadas. Igualmente memoráveis em Ziggy Stardust são faixas como a pré-punk “Hang Onto Yourself” e o "arrasa quarteirão" “Suffragette City”, que fala da perdição do estrelato, com mais um toque de brilho dado pela guitarra de Mick Ronson. A seguir, a história acaba em suicídio: “Rock’N’Roll Suicide”, última faixa, uma balada das mais tristes, com jeitão de soul. Tudo muito caracteristicamente Bowie, “Soul Love” e “Star” falando da fama e “Lady Stardust”, que tem um piano de fazer inveja a Elton John.

Com um disco desses, Bowie só precisou cair na estrada. Os shows do Ziggy foram coisa para ninguém esquecer, momentos que entraram para a história do rock. Davis também encenava suas músicas usando técnicas teatrais e uma boa dose de selvageria certamente inspirada em Iggy Pop and the Stooges. O Climax do show eram as insinuações eróticas entre Bowie e o guitarrista Mick Ronsosn que muitas vezes acabavam numa simulação se sexo oral com david tocando a guitarra de Mick com os dentes.

Tão forte foi a imersão do artista na personagem - a ponto de o público achar que eles eram um só - que Bowie resolveu aposentá-lo (junto com os Spiders of Mars) em 1973, após um show no Hammersmith Odeon, disponível em DVD. Não seria a primeira e nem a última metamorfose desse músico que, muito justamente, acabou ficando conhecido como "Camaleão do rock".

Notas: Ziggy Stardust foi o primeiro disco de David Bowie a chegar às paradas inglesa e americana, abrindo o caminho para que ele se estabelecesse como artista de renome no rock. Logo em seguida, ele produziria os discos Transformer (do ex-Velvet Underground Lou Reed), Raw Power (dos Stooges, banda uma de suas grandes fixações, o cantor Iggy Pop) e All the Young Dudes (do Mott The Hoople, sendo autor também da faixa-título, um clássico do rock). O relançamento de Ziggy pela Ryko, em 1990, trouxe como faixas bônus versões alternativas de “Ziggy Stardust” e “Lady Stardust” e “John I’m Only Dancing”, a inédita “Sweet Head” e o lado B de compacto “Velvet Goldmine”, que batizaria filme do cineasta Todd Haynes (muito) livremente inspirado na biografia de Bowie.



Ziggy Stardust and The Spiders From Mars
David Bowie: (Vocais, Guitarra Base e Piano)
Mick Ronson: (Guitarra Solo)
Trevor Bolder: (Baixo)
Woody Woodmansy: (Bateria)

Track List
1.“Five Years”
2.“Soul Love”
3.“Moonage Daydream”
4.“Starman”
5.“It Ain´t Easy”
6.“Lady Stardust”
7.“Star”
8.“Hang Onto Yourself”
9.“Ziggy Stardust"
10.“Suffragette City”
11.“Rock´N`Roll Suicide”
12."John, I'm Only Dancing"
13. "Velvet Goldmine"
14. "Sweet Head"
15. "Ziggy Stardust" (Original Demo)
16. "Lady Stardust" (Original Demo)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ESCÂNDALO: BARACK OBAMA É UM SKRULL

Link para os não-nerds entenderem a piada: Clique aqui ou aqui

Pérolas do Cinema (#1)

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (2008 - David Fincher)
Estréia amanhã nos cinemas "O Curioso Caso de Benjamin Button" do diretor David Fincher baseado num conto de F. Scott Fitzgerald, com Brad Pitt e Cate Blanchett. Graças aos milagres da tecnologia eu já consegui assistir e posso comentar aqui. A história do maluco que nasce velho e vai ficando novo conforme os anos vão passando é um belo filme, que faz você se divertir, emocionar e finalmente, refletir.
O que você faria se tivesse toda a experiência de um coroa viajado e a cara do brad Pitt?
Os atores estão excelentes, a reconstituição de época impecável, a maquiagem impressionante e o filme corre bem, apesar de ser um pouco longo (mais de 2 horas e meia) e cansar um pouco o espectador comum. Resultado geral: vale muito a pena. Na minha opinião foi uma injustiça cometida no último golden Globe, onde "O Curioso Caso de Benjamin Button" perdeu todos os prêmios que disputava.
Pitt está melhor que Rourke em "O Lutador" e considero o filme de Fincher uma obra melhor e mais completa que o badaladíssimo "Slumdog Millionaire", que avaliaremos mais tarde.
Mas enfim, prêmios são prêmios. Mais sorte no Oscar.

O treiler é esse aqui

Cena de destaque: O monólogo sobre como uma simples ação pode interferir na vida das pessoas, Benjamin na Segunda Guerra Mundial e o cara que foi atingido 7 vezes por um raio.
Cena pra esquecer: Nenhuma, é um filme memorável em todos os detalhes.

Cotação PPP: Ótimo filme, intrigante e divertido na medida certa. Compensa dar uma olhada. O recém nascido adorou!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

MAIS UM HYPE DA INTERNET

Sanduiche, Jeremias, Bambu....
É senhores, parece que a música do Xoxó, lançada pelo Kibeloco e posteriormente pelo Jacaré Banguela está mesmo virando um dos maiores, senão o maior, vejam isso, fenômeno da Internet Brasileira, se tornando um dos vídeos mais executados no mundo em tão pouco tempo.
Mas o que pouca gente sabe é que esse trocadilho é mais velho que andar pra frente, quem tocava muito a música era o extinto programa Acorda Paschoal da Rádio Alvorada, o link é de 1990.

Ouçam e Comparem:

Xoxó tá velha

Xoxó tá nova

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CLICHÊ O FILME

Aproveito para anunciar que meu curta metragem Universitário "Clichê" está disponível no Youtube, pra quem quiser relembrar ou conhecer essa insanidade. Neste curta eu tento colocar os maiores lugares comuns do cinema americano na década de oitenta em uma só história. E olha que anos 80 nem eram moda ainda. Uma oportunidade para pessoas de todo lugar assistirem o que se pode fazer com uma câmera na mão e muita merda na cabeça. A produção é de 2000, a última em SVHS, editada em ilha linear. Espero que gostem, ou ao menos deem boas risadas com a precariedade da produção que reuniu maius de 60 estudantes entre veteranos e calouros!
Divirtam-se:
PARTE 1


PARTE 2

Resenha:

ROBERTO CARLOS COMBATE BROTOS-ZUMBIS EM QUADRINHOS

Hilária a história nonsense onde o rei combate Zumbis.
A história é engraçada, o desenho é despretencioso mas poderiam ter feito uma pesquisa melhor nas Gírias. "Duca" não é coisa que se falava naquela época. Cadê o "Prafrentex", "Fundiu a cuca", "Colosso", "Papo Firme", "Carango"?
A arte é do site Quarto Mundo de autoria dos insanos Felipe Cunha, Gil Tokyo, Hugo Meyer, Cadu Simões e Daniel Esteves (parente do Erasmo?)
Quer mais: só aqui

ALBUNS CLÁSSICOS (#1)

Pet Sounds - Beach Boys (1966)


Hoje ouvi pela milionésima vez Pet Sounds.
Me disseram esses dias que o álbum é o verdadeiro marco do Psicodelismo. Fiquei pensando.
Pet Sounds não é psicodelismo, Mellow, Rock, Folk nem nada. É uma obra de arte que transcende qualquer rótulo ou pré-concepção.
É o mais perto de falar com Deus que você consegue chegar.
Os arranjos, letras, a sutil melancolia de um gênio inquieto chamado Brian Wilson. Tudo se encaixando em harmonias cada vez mais intrigantes e maravilhosas.
Pet Sounds. Clássico dos clássicos.

Os Beach Boys são comumente associados a um movimento chamado “Reação americana” que pretendia barrar a forte influência da música inglesa (Beatles, Rolling Stones etc...) nos EUA . Porém, enquadrar os Beach Boys na Reação americana é um pouco força de expressão. Antes dos Beatles cruzarem o Atlântico à frente da “Invasão britânica” em 1964, o quinteto americano já emplacava um disco de ouro atrás do outro nos EUA, combinando a forma básica do rock’n’roll com harmonias vocais do doo-wop para falar de surfe, carros e garotas.

"Beach Boys" foi um nome impingido à banda por um executivo de uma gravadora que mais tarde viria a se tornar a camisa de força do conjunto, o que se tornou um problema, já que os integrantes do conjunto desejavam se livrar do rótulo de “surfistas”. Apresentando uma formação composta pelos três irmãos Brian, Dennis e Carl Wilson, o primo Mike Love e o vizinho Al Jardine, este pequeno conjunto do subúrbio de Los Angeles criou um dos poucos sons originais do início dos anos 60. Seus vocais refletiam a antiga obsessão pelo conjunto vocal Four Freshman, com ênfase nos tenores e pequenas e complexas harmonias de fundo.

Embora não surfassem realmente (o único que tinha contato com o esporte era justamente o que não tocava nenhum instrumento à princípio, o baterista Dennis Wilson), o grupo foi um sucesso entre os praticantes e admiradores do esporte.

Mike Love compôs com Brian Wilson a maioria das músicas de sucesso do grupo. Mike era uma espécie de alter-ego de Brian e eles se completavam desta forma. Enquanto este era era retrospectivo e tímido, aquele era descolado e popular. Brian ajudava Mike com os estudos e Mike ajudava Brian com as garotas. Juntos compuseram pérolas para as “gatinhas surfistas” e também pelo prazer de “curtir a vida ao sol da California”. Entretanto, este clima leve era quebrado pelo introspectivo e vulnerável Brian, como em 1963 no sucesso "In my Room".

Enquanto seus primeiros singles eram trampolins de álbuns de sucesso, os lançados a partir de 1965 ganharam contornos quase conceituais. A principal razão para essa mudança foi a forte concorrência com os Beatles, que mostravam um desenvolvimento incrível na complexidade de suas produções.

A cabeça por trás dessa guinada era Brian Wilson, que sempe sofreu com pressões desde a infância e ficou obcecado em superar o querteto de Liverpool - o pai deles, Murray, era um empresário despótico que costumava bater nos filhos no calor de uma discussão e era chamado de “maníaco” na Capitol Records, a gravadora do grupo. Em 64, após um colapso nervoso, Brian, que era vítima de crescente instabilidade emocional, interrompeu as excursões e abandonou os palcos (sendo substituído por Bruce Johnston) para se concentrar no trabalho de estúdio e assim fazer frente ao “desafio” lançado pelos Beatles. No início, o grupo era produzido por Nick Venet, mas logo, com seu crescente interesse em técnicas de gravação, Brian se tornou o produtor do grupo.

Impulsionados pela concorrência estrangeira, o grupo foi sofisticando seu trabalho. Brian Wilson é um dos dois ou três músicos revelados pelo rock que podem ser chamados de gênio, sem que isso pareça um exagero. Desde que começou a escrever para os Beach Boys, Brian mostrou sua capacidade de fazer músicas de aparente simplicidade, embora fossem, na verdade, peças de complexa sofisticação.

Em sua melhor fase, a marca de gênio de Brian Wilson está nas canções ‘When I Grow up (to be a man)’, ‘In My Room’, ‘Don’t Worry Baby’, ‘Break Away’ em que cada uma é uma pequena obra-prima. Seu ponto máximo está em Pet Sounds, álbum editado em 1966, que teve uma influência tamanha no rock que talvez jamais seja apropriadamente medida ou reconhecida.

Apesar de universalmente considerado o grande disco dos Beach Boys, na época de seu lançamento, Pet Sounds não vendeu tão bem quanto os álbuns anteriores. É compreensível. Trata-se de uma peça de difícil asimilação, com complexidades harmônicas, arranjos e texturas vocais incomuns. Não se trata de um disco que cative à(s) primeira(s) audição(ões), apesar de naturalmente incluir hits instantâneos, a começar pela faixa de abertura, “Wouldnt it be nice”, “Sloop John B” e por “Caroline No”. As delicadezas de baladas como “I’m Waiting for the Day” ou de ‘God Only Knows” demoram um pouco a entrar na cabeça e consumar a sedução. Enfim, o som que costumava ser despreocupado alegre e inocente se torna, depressivo, melancólico e introvertido. O clima de depressão emocional, os arranjos magoados e a beleza triste das harmonias são de tocar até os mais precavidos.

A versão em CD inclui três faixas extras com bonus tracks interessantes como "Hang On to Your Ego," uma versão alternativa para "I Know There's An Answer" e um magnífico instrumental chamado “Trombone Dixie”.

Em 1967 foi lançado o Single "Good Vibrations", que pode ser considerado um eco de Pet Sounds. Para gravar somente essa música, foram gastos seis meses, vinte sessões de gravação, quatro estúdios e cinqüenta mil dólares.

A razão da crise criativa dos Beach Boys pós Pet Sounds, tinha nome: "Smile". No fim de 1966, Brian havia começado a trabalhar num disco assim batizado, que, segundo ele, se tornaria o grande disco da psicodelia. No ano seguinte, porém, os Beatles, sempre eles, lançaram um disco imediatamente aclamado como o grande disco da psicodelia: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts CIub Band. Assim, Smile nunca foi concluído ou lançado naquela época: partes foram pirateadas nos anos 80 e partes afinal vieram à tona em uma caixa contendo cinco Cd`s chamada de "Good Vibrations: Thirty Years of The Beach Boys", lançada pela gravadora Capitol em 1993.) Logo, uma combinação de tensão competitiva, drogas em excesso e desentendimentos pessoais levou o grupo a tomar a desastrosa decisão de assumir a produção de seus discos coletivamente.

Curiosamente, Pet Souds acabou sendo peça fundamental de inspiração para os Beatles em "Sargent Peppers Lonelly Hearts Club Band". O próprio Paul McCartney admite ter ouvido seguidamente Pet Souds durante as gravações. "A maior influência foi o álbum Pet Sounds, que tem basicamente todas as harmonias que usei," disse Paul certa vez.

Brian, que já estava paranóico com os Beatles, cai em profunda depressão crônica depois do lançamento de "Sargent Peppers", o que contribuiu para torná-lo uma das mais conturbadas, frágeis, complexas e ainda assim geniais personalidads da música pop.

No livro "The Noonday Demon", o autor, Andrew Solomon, esboça um estudo que foi feito envolvendo depressivos, não-depressivos, e jogos de videogame. O placar do jogo não era mostrado e os testados tinham que estimar suas pontuações. As respostas dos deprimidos eram freqüentemente certas. Pessoas que nunca tinham estado deprimidas tenderam a superestimar as pontuações em até quatro vezes. Isso poderia nos levar a crer que as pessoas otimistas sao de fato pouco menos realistas que o resto? Ou que o pára-choque que segura as pessoas felizes longe de depressão é o medo de se desiludir? Essa foi a tônica das canções dos Beach Boys desta época.

Isso pode ajudar a explicar porque Brian Wilson usa a frase “I may not always love you” (“Eu posso não te amar sempre”) em “God Only Knows”. Nesta que é considerada por muitos críticos como a mais bonita canção de amor do mundo, Brian está sendo tão otimista quanto sua mente depressiva o permite ser. Ele não está superestimando e exagerando seu sentimento, está sendo simplesmente honesto com o que sente. Ele continua: “But ‘long as there are stars above you/ You never need to doubt it.” (“Mas enquanto houver estrelas sobre você/ Você não precisa duvidar disso”). Puro e honrado, ele ainda reconhece a importância da fé. George Harrison foi influenciado fortemente por esta sentimento quando escreveu na canção “Something”: “You’re asking me will my love grow/ I don’t know/ I don’t know.” (“Você está me perguntando vá meu amor cresçerá / eu não sei / eu não sei.”). Ninguém sabe ao certo.

A banda superou sua turbulenta história pessoal, mas não sem conseqüências. Dennis desenvolveu um comportamento autodestrutivo e faleceu em 1983. Carl Morreu do coração em 1998. Smile foi finalmente finalizado e lançado por Brian Wilson em 2004.


Track list:

1. Wouldn't It Be Nice
2. You Still Believe In Me
3. That's Not Me
4. Don't Talk (Put Your Head On My Shoulder)
5. I'm Waiting For The Day
6. Let's Go Away For Awhile
7. Sloop John B
8. God Only Knows
9. I Know There's An Answer
10. Here Today
11. I Just Wasn't Made For These Times
12. Pet Sounds
13. Caroline No
14. Unreliased Backgrounds - (bonus track)
15. Hang On To Your Ego - (bonus track)
16. Trombone Dixie - (bonus track)

Beach Boys:

Brian Wilson (produção, voz, baixo e teclados)
Mike Love (voz)
Carl Wilson (voz e guitarra)
AI Jardine (voz e guitarra)
Dennis Wilson (voz e bateria)

EFEITO DILMA


O Ancelmo Gois falou hoje que a Nova Dilma Rousseff está parecendo a Meg Ryan. Bem, ela melhorou bem na sua busca por uma "Martasuplicização política", mas daí comparar com a atriz americana, o colunista foi, digamos, muito simpático!
Começamos aqui, marco Zero.